Pra frente

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Publicado em: 15/03/2013

Em cima da hora, não muito diferente da minha maneira de agir, comprei minha passagem para ir a Brasília, onde aconteceria o final de semana de festividades do nosso campeonato de basquete. A festa das estrelas. Sabendo não ser nenhuma estrela, fui em direção a um evento que estava programado para horas antes do início da festa. Um evento que classifico de estrelar: o encontro de jogadores de basquete em busca de sua associação!!!

Não podia contar com nenhum atraso. O voo aterrissaria às 13h45min, horário de Brasília. A reunião começava as 14h00min. Com passagem comprada do meu próprio bolso, uma de 300 + 10 vezes de 48, valor pago com gosto com o qual conviverei por mais quase um ano, de jeito nenhum poderia contar com um atraso. Logo ao chegar ao check-in pergunto ao atendente: “Está atrasado?”, e ele responde: “O avião ainda não aterrissou senhor, provável que ele atrase uns 30 minutos”. Droga!!! Fazer o quê? Podia ser pior.

Todavia, não durou muito meu incômodo. Conformado, aguardei o embarque.

São Paulo a Confins (BH), Confins a Brasília.

Ao chegar, já estava lá meu grande amigo Carlão, o qual atazanei para estar lá de qualquer maneira – ele tem essa mania de estar atrasado. Mas outra mania de Carlão, diga-se de passagem, mania antiga, pois a praticava há alguns anos, era a de “racheiro” (será que é assim que se rotula esses malucos?). Tirava altos pegas com seu Golf GTi, uma gilete do chão, turbo e nitro, nas largas e compridas avenidas da Capital Federal. Então contei com suas habilidades que logo me colocaram voando, com curvas sonorizadas, ao meu destino.

Enfim, cheguei ao hotel Mercure de Brasília. Com mala nas costas, já fui sentindo o clima de festividades do basquete. Muitos rostos conhecidos no saguão do hotel. Apressadamente, perguntei ao funcionário do hotel onde estava acontecendo uma reunião de jogadores de basquete. Este me mostrou a sala e a abriu com um cartão magnético que destravou a porta.

Já tinha começado a reunião e eu, naquele momento, a interrompia. Quando abri a porta, todos me olharam, o que, de fato, me provocou um constrangimento. Podia ver que ali haviam muitas das estrelas que iram jogar a partida que seria realizada no sábado de manhã. Aclimatei-me e passei a ouvir uns que falavam mais, outros esporadicamente e outros mudos com seus discretos barulhos a se ajeitarem nas cadeiras. O importante é que consegui chegar.

E o porquê dessa obstinação em ir ao encontro dos meus outros parceiros de trabalho? A resposta pode ser essa: porque realmente acho que a associação está prestando um enorme serviço à instituição chamada “Basquete Brasileiro”. E ela deve ser encarada com respeito e seriedade. Sempre me interessei pelo tema de uma associação, mesmo na faculdade de história gostava dos temas que envolviam movimentos sociais e organizações de pessoas em prol da luta por seus direitos. Afinal de contas todos nos precisamos viver com dignidade, prezar por uma sociedade igualitária, que respeite as liberdades individuais, posto que se trate de pessoas de carne e osso que tem sonhos, expectativas, família e etc. Uma coisa é certa, a minha felicidade depende da felicidade do outro. Tenho certeza que em uma sociedade igualitária se vive muito melhor. Mesmo que alguns falem que isso é uma não existe, que é uma loucura, uma utopia. Prefiro ser esse louco delirante!!!

Como já disse na minha crônica anterior, para que a instituição do “Basquete Brasileiro” esteja completa, falta apenas que nós jogadores nos organizemos. Pois todas as outras associações já estão organizadas: a de técnicos, de dirigentes e a de juízes.

Certo que ainda temos que caminhar. Embora muitos temas tenham sido debatidos ali dentro daquela estreita sala, onde se pretendia representar centenas de atletas, esses precisam romper suas paredes e se tornarem interesses concretos. E que participemos com gosto do intricado jogo político, assumindo nossas posições com inteligência e estratégia. Que não teimamos nos organizar, posto que é um direito nosso com o qual podemos melhorar nossas vidas e a qualidade do campeonato. Temos muito a contribuir!!!

O site da Associação será lançado no dia em que a associação mostrar a sua cara para o mundo, o que parece que acontecerá muito em breve. A comissão da NBB já sabe de nossa organização, esperamos que ela nos trate de maneira cordial, tendo em vista que queremos contribuir para engrandecer ainda mais o “Basquete Nacional”!!!

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