Notas do NBB na sexta-feira, 25 de fevereiro

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Publicado em: 26/02/2011

Primeira
A primeira nota, como a foto em destaque do texto, vai para o novo líder do NBB 3: o Pinheiros. Vice-campeão paulista, o time de João Marcelo está mordido e querendo mostrar serviço. Vencer o Flamengo, ainda que em adaptação com o novo sistema de jogo, como falamos aqui, é um grande resultado.

Zebra

O time da capital paulista fez o dever de casa e viu a liderança cair no colo com a derrota de Brasília e Uberlândia. A primeira, a grande zebra da rodada, e da edição do NBB. O lanterna vencer o último líder não é novidade por aqui. O ano passado, o mesmo Brasília, na época comandado por Lula Ferreira, atual dirigente da liga, perdeu para o Saldanha da Gama, em Vitória, treinado por Paulo Murilo. O Assis é mais estruturado do que aquele Saldanha da Gama e há tempos vinha fazendo boas partidas, não se segurando no placar. Ontem, com direito a virada nos minutos finais, o triunfo veio com grande atuação de Tony Stockman. Os francanos ainda devem explicações por não renovar com o armador, que sequer exigia aumento.

Bauru

A outra equipe que aspirava a liderança e que caiu foi o Uberlândia. No entanto, cair para o time de Guerrinha dentro de Bauru não é demérito algum. Devo confessar grande simpatia pelo time de Larry Taylor, que ontem brilhou novamente. Com peças bem ajustadas como Alex e Fisher, e enfim, um garrafão confiável nas mãos do ótimo Douglas Nunes e do interessante Pilar, é time pra dar muito, muito trabalho nos playoffs.

No Tartarugão, cano do Sportv

Estive no ginásio capixaba na tarde e noite de ontem para acompanhar a rodada dupla da TV. De lá, pelo twitter, fiquei sabendo que o SporTv daria mais um cano nos fãs de basquete, trocando o jogo de fundo, Limeira X Vila Velha, pelas semifinais de Acapulco (!!!) pra acompanhar o popular tenista brasileiro Thomaz Bellucci. Sobrou, pra TV, o VT, às 2h e às 8h. Azar de quem queria ver ao vivo e da LNB, que beija a mão da Globo em tudo que ela pretende. Parceria daquelas…

A tranquila vitória de São José

Sem Murilo, Mineiro e Shipp, o São José obteve mais um importante resultado. Foi a décima primeira vitória, número muito aquém do que se esperava da equipe que tem lutado com as lesões ao longo de toda a competição. Régis me contou que experimentou, na rodada anterior, pela primeira vez na carreira em SJC defender o jogo todo com defesa zona, justamente para poder manter o elenco em quadra o tempo todo. Uma inovação que apareceu em Vila Velha foi a de jogar com três armadores ao mesmo tempo (Alexandre Pinheiro, Fúlvio e Matheus), ou com Renato e Wanderson de pivôs flutuantes. Régis me garante, nenhuma invenção foi técnica ou tática mas, sobretudo, física. Deu certo, e a vitória foi fácil.

A chuva e o jogo de fundo

Uma poderosa chuva alagou os arredores do Tartarugão, inclusive uma feirinha que acontecia ao lado do ginásio. No meio de água, abastecido por um digno porém não empolgante pastel, voltamos para ver o jogo de fundo entre o atual campeão paulista e o Cetaf. Com torcida uniformizada, bandeira da Sérvia em homenagem a Dusan e muita gritaria, o primeiro tempo foi bem divertido. O segundo, no entanto, mostrou um festival de escorregões, principalmente por parte dos limeirenses. O jogo chegou a ser interrompido algumas vezes para que enxugassem a quadra, mas não ajudou muito. No final, o time de Limeira abdicou de jogar as últimas posses, menos por protesto, mais por medo de lesionar, me garantiu Tatu.

Riddick

O americano Riddick, com 31 anos, aproveitou para mandar 14 bolas de três certeiras, segunda melhor marca da história do NBB (o recorde ainda é de Marcelinho com 16). Foram 44 pontos, boa parte deles enquanto Limeira ainda defendia. Foi o bom momento do gringo, aliás, que acabou destruindo o equilíbrio do jogo na volta da parada para enxugar a quadra. No final do jogo, a assessora de imprensa da casa, Fernanda Neves, me provocou: “Você conhecia o Riddick? Vai dizer que ele não merecia estar no time do NBB Mundo?”.

Jogar todo jogo como uma final

Antes do jogo, bati um longo papo com Demétrius, ao meu ver, o principal responsável pelo título paulista pelo time de Limeira. O treinador me disse que a principal vontade de qualquer técnico é que um time jogue como uma final, mesmo os jogos que não são finais. Ainda abordaremos, aqui no site, mais sobre esse time paulista, contando um pouco da montagem do elenco e do mau momento no NBB. Esperemos encerrar a excursão capixaba para podermos ver mais um jogo de perto e, de preferência, sem a quadra escorregadia, para podermos falar melhor dos campeões do maior estadual do país.

Dusan

Dusan foi companheiro de quarto de Darko Milicic na época de base, na Sérvia, me contou depois do jogo. Quão ousado é isso? Quando Darko seguiu carreira profissional na Europa, ele foi jogar no universitário dos EUA. No ano seguinte, Milicic foi virar bust nos Pistons, com todo o hype que se construiu em volta dele.

E o Minas, que zica hein?

Com Bernard Robinson com problemas de falta, o interessante jogo entre os dois times que mais tem selecionáveis da categoria de base brasileira viu o Paulistano vencer com 22 pontos de Betinho. Arnaldinho saiu de quadra com -7 de eficiência: errou tudo que tentou. A culpa, definitivamente, não é do veterano, mas de quem o contrata.

Última

Faltou falar de Joinville, que vence os times que tem que vencer e aperta os quatro times da ponta da tabela. Não acho que chegue a ameaçar Flamengo, Pinheiros, Uberlândia e Brasília. Mas tem força, tanto pra vencer um dos da ponta, como pra perder dos que estão atrás, o que acaba mostrando o incrível equilíbrio da competição: a mais igual da curta história da liga.

Foto – LNB Oficial

Vídeo: Maísa Helena

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