Mais do mesmo, por Vagner Vargas

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Publicado em: 11/06/2009

As torcidas fizeram suas partes. O ginásio Nilson Nelson, em Brasília, estava lotado, barulhento e pronto para receber o primeiro jogo da final da NBB. O jogo foi dentro do esperado, muitas bolas de três, pouca defesa e muitos erros. Até aí, tudo normal. Porém, a primeira partida entre Universo/BRB/Brasília e Flamengo ficou manchada por uma cena lamentável. Mais uma.

O jogo estava ainda no primeiro tempo quando uma das proteções laterais da tabela descolou no Nilson Nelson. Tudo bem, acontece. A NBA presenciou recentemente a queda de um dos relógios que ficam atrás da cesta em uma partida de final de conferência. Mas enquanto nos Estados Unidos a organização tomou conta da situação e improvisou até o intervalo, quando o problema foi resolvido em definitivo, no Brasil a cena foi extremamente desagradável de se ver.

Primeiro, ninguém da organização tinha como alcançar o local do problema, já que o único suporte era uma frágil cadeira de plástico. Depois veio a cereja do bolo. O veterano armador Ratto, do Universo, que já beira os 40 anos, subiu nos ombros do pivô Mineiro e tentou, em vão, colar novamente a proteção. Alguns segundos depois, nova tentativa, nova montaria, e nada mais uma vez. Enquanto isso, a organização apareceu com a famigerada cadeira de plástico, na certa esperando que algum dos atletas subisse e resolvesse o problema. Agora, parem para pensar, o que acontece se um jogador de mais de 100 kg sobe numa cadeira dessas? Felizmente, não descobrimos dessa vez.

O clima do jogo, que era quente, com as torcidas participando ativamente, esfriou. Partida parada por mais minutos e o problema persistia. Finalmente, alguém trouxe uma fita para colar a proteção. Mas, como alcançar a tabela sem ter 2 metros de altura? Chamem o Ratto, oras. E lá foi o armador, novamente nos ombros de um companheiro, reparar o problema, que por si só não seria nada demais, mas acabou se tornando em um fiasco dos grandes para quem presenciou tudo aquilo.

E o pior é que não dá nem para esperar que eles aprendam, pois já vimos várias e várias vezes que as dificuldades costumam ser corriqueiras no nosso basquete. E assim continuamos a ver mais do mesmo em nossas quadras.

Vagner Vargas é repórter do Draft Brasil e acompanhou a partida diretamente do Ginásio Nilson Nelson.

Foto: LNB/Site

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