Entrevista: Douglas Nunes

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Publicado em: 25/01/2011

Falamos com o jovem Douglas Nunes, que tem sido uma das maiores revelações da temporada, para aqueles que ainda não conheciam seu basquete. Pivô de bom jogo externo e forte trabalho de pernas dentro do garrafão, está na mira de Ruben Magnano e é um dos principais jogadores do bom time de Bauru.

Douglas, muitos tem acompanhado sua ótima temporada em Bauru. Mas quando chegou, era um nome relativamente desconhecido para os fãs do NBB. Onde você esteve nos últimos anos?

Nos últimos 3 anos estive jogando na Espanha , 2 anos em Mérida na Leb Prata e um ano em Coruña, tbém Leb Prata.

Além do Bauru, quem mais o procurou para ter seus serviços por aqui?

Uberlândia através do Larralde que é  uma pessoa que sempre teve muito carinho por mim.  Ele mostrou interesse no meu retorno, mas as pessoas que cuidam da minha carreira sempre tiveram um contato muito próximo de Bauru, conheciam a estrutura e as pessoas daqui, então direcionaram a negociação desde o começo para vir a Bauru. Apostaram que seria uma situação legal pois eu jogaria o Paulista e estaria morando e jogando ao lado de um grande amigo que jogou comigo na Espanha, o Thyago Aleo, que é hoje um dos armadores do time. Ele mesmo veio um ano antes e foi uma das revelações do último nacional, por isso tinha boas referências e pude voltar tranquilo. Foi a decisão certa.

Quais as principais diferenças do estilo de jogo que tem encontrado aqui para o tempo que passou na Espanha?

No Brasil, o jogo é mais corrido e mais físico , na Espanha o jogo é mais organizado, mais tático e truncado, um jogo de meia quadra. Enquanto aqui se corre mais e se define muito mais rápido, lá eles dão mais valor a parte tática e a posse de bola.

Você joga ao lado de Larry Taylor e Jeff Agba, considerados, respectivamente, o melhor armador e melhor pivô estrangeiros da liga. O que tem aprendido com eles?E tem conseguido ensinar algo?

Jogando ao lado de Larry e do Jeff aprendi muitas coisas. Eles são super profissionais dentro e fora de quadra e são vencedores. Aprendi  a aproveitar melhor minhas chances e trabalhar mais meu físico. Acho que pude passar um pouco da minha experiência pra eles também, do tempo que estive fora , algumas coisas que aprendi e acho que pode ajudá-los ainda mais em quadra.

Soubemos, recentemente, que Magnano foi ver um jogo seu pessoalmente, e que é possível que você esteja sendo observado para a seleção principal, no futuro. Como recebe esse tipo de informação?

É sempre bom saber que o tecnico da seleção está te observando.  É uma motivaçao para contiuar melhorando cada dia mais e chegar a jogar na seleção um dia, mas sinceramente procuro nao pensar em nada disso mas sim entrar em quadra a cada jogo tentando fazer algo bom e produtivo, ajudando do jeito que posso meu time a ganhar.

O Bauru tem feito bons campeonatos, mas não consegue ir mais longe quando o playoff chega. O que precisa ser feito para mudar esse destino?

Bauru sempre está brigando nos playoffs. Em certos momentos do jogo nos falta ter um poco mais de tranquilidade para finalizar a partida. Estamos aprendendo pouco a pouco e melhorando a cada dia mais isso. Espero que esse ano possamos chegar mais longe. Temos um time jovem e talentoso, que gosta de jogar junto e não temos medo de ninguém. Isso nos levará longe.

Vamos linkar, junto com a entrevista, uma seleção de lances seus naquele jogo contra Franca, em que você foi o principal destaque. Veremos mais atuações daquela ao longo do NBB?

Tenho dado sorte nesses jogos. Espero jogar mais vezes como joguei contra Franca e ajudar Bauru sair com vitórias importantes no NBB. Entro na quadra focado mas tranquilo, sem imaginar grandes atuações e tento aproveitar as chances que tenho. Se pudesse jogar todo jogo assim seria ótimo.

Você prefere jogar na posição 3, 4 ou 5? Com a grande concorrência nas posições do jogo interno brasileiro, e com o bom nível de jogo exterior que vem mostrando, pensa que a longo ou médio prazo poderia se preparar para jogar na posição 3?

Acho que tenho a vantagem de ser versátil. Tem momentos no jogo que prefiro jogar de 4 , como também tem momentos que eu acho melhor jogar de 5. Já joguei de 3 e com um pouco de treino posso volta a jogar. Na Espanha, nessa última temporada, cheguei a jogar muitos jogos de lateral e acho que fui bem.

Em 2008, o Draft Express escreveu que seu principal defeito é não usar toda a força atlética que tem. Acha que eles tinham razão nessa crítica? O que mudou desde então?

Acho que eles tinham razão. Procuro aprender com as críticas e tentar melhorar sempre. Agora uso mais minha força atlética para jogar perto da cesta. Na Espanha eu era muito cobrado por isso e acho que é um mal da base do Brasil. Os meninos não são incentivados a brigar dentro do garrafão, ficam fazendo corta luz para armadores na linha de três e aprendem que para sobreviver tem que aprender a chutar e jogar de jeito menos físico.

Como foi seu começo em Uberlândia?Com quem chegou a trabalhar lá?E em São Paulo, qual o motivo de não ter continuidade jogando nos clubes paulistas?

Meu começo no time adulto foi aos 14 anos, quando tive a aportunidade de treinar e aprender muito. Joguei com Hélio Rubens e mais alguns treinadores . Nunca deixando de lado a categoria de base na qual joguei com o técnico Cristiano Grama, que foi meu maior incentivador desde sempre.

Com a boa temporada em Bauru, tem crescido o assédio de clubes europeus? Está nos planos voltar à Europa?

Gostaria de voltar a jogar na Europa, mas por enquanto quero terminar esta temporada bem e depois pensar nisso. Tenho um plano de carreira que tento seguir: acho que posso ficar mais um tempo aqui pois ainda sou novo e tenho gostado do nível do basquete aqui. Meus representantes estão trabalhando na questão do passaporte espanhol por tempo de residência lá e, com isso, ganho um tempo mais aqui.

Crédito da foto: Sérgio Domingues/HDR Photo/ www.baurubkt.com.br


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