Do outro lado do espetáculo

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Publicado em: 28/07/2012
Brasil e Estados unidos fizeram um dos amistosos mais aguardados da preparação para os Jogos Olímpicos de Londres 2012. E um usuário do nosso fórum, AranhaHunter, esteve presente neste que foi um dos maiores eventos esportivos do ano nos Estados Unidos e fala um pouco de como foi o evento, que contou com a ilustre presença de Barack Obama, presidente e candidato a reeleição em seu país:

Fui ao jogo do Brasil e EUA que aconteceu em Washington, DC. Não fui como fã, mas credenciado pela TourisNews. Quanto ao jogo, todos já assistiram, fizeram análises e sabem como foi então eu prefiro falar sobre como é a área da imprensa e dar uma idéia para o pessoal do DraftBrasil de como funciona os bastidores de um evento desse porte. Fui ao estádio do Verizon Center de Metrô. Ele fica pertinho do estádio e assim que sai do metrô você já está do lado da arena. Chegando lá tive que perguntar para várias pessoas que trabalhavam no local onde era a área para pegar a credencial. Incrivelmente, quase ninguém sabia. Perguntei a umas cinco ou seis pessoas até conseguir encontrar um que me informasse onde era. Chegando lá fizeram uma revista, que é normal, mesmo para a imprensa credenciada, para esse tipo de evento, e me deixaram entrar.

Na hora que eu entrei ainda estava passando o jogo feminino, então aproveitei para conhecer a sala de imprensa. A área destinada à imprensa é um lugar onde tem comida, bebida, etc, tudo à vontade para o pessoal que estava cobrindo o evento. Também havia televisões pra tudo que é lado para você poder assistir o jogo e continuar cobrindo o evento. Comi dois pratos de uma massa com carne e galinha e parti para a quadra. As meninas estavam no terceiro ou quarto quarto quando eu cheguei na quadra. Eu estava no estádio, logo atrás da tabela, um outro cara da imprensa também estava lá procurando o assento dele. Só tinha assento marcado lá embaixo para empresas grandes (ESPN, NBC, etc) então eu acabei indo lá para a área de imprensa que é no último andar, tipo aqueles camarotes VIP que você vê o pessoal rico alugando em jogos de futebol americano e basquete. No caminho, passei por Mike Wilborn e outro comentarista da ESPN cujo nome não me recordo. Mike estava com o filho dele e eu falei “what’s up Mike”, ele foi simpático e até respondeu. Chegando lá em cima, nota-se que a visão, obviamente, não é tão boa quanto lá embaixo, mas mesmo assim não é tão ruim quanto parece e dá para ver o jogo todo.

Lá também tem aperitivos e drinks grátis para os jornalistas e foi de lá que eu cobri todo o jogo masculino. Nenê foi ovacionado pela torcida local, o brazuca com maior apoio, teve mais aplausos do que alguns jogadores americanos. Varejão foi vaiado feio e ele começou a rir no telão quando isso ocorreu. Mas o cara mais ovacionado, sem sombra de dúvidas foi ninguém menos que o Barack Obama, principalmente quando ele beijou a mulher no Kiss Cam. Conversei com um chinês e um brasileiro que também estavam cobrindo o evento. O brasileiro era para ser um expert no basquete, pois trabalha para uma empresa grande e transmite jogos da NBA para o Brasil. O conhecimento dele era above average mas ele não sabia quem era Scott Machado e não entendeu direito quando eu falei que o Magnano ainda não tinha colocado a defesa por zona e que estava escondendo um pouco o jogo. Para quem é expert não saber o que é defesa por zona é um pouco preocupante.

No término do jogo fui para a área onde os atletas passam e param para dar entrevistas. Falei com o Coach Popovich que não gostou do ataque dos americanos mas gostou da defesa deles. Acha que o Brasil tem chances de medalhas, e óbvio, elogiou o seu pupilo do Spurs, Tiago Splitter. Também falei com minha amiga de infância, Karla, do basquete feminino. Está feliz de estar indo para as Olimpiadas de novo, mas não me pareceu muito confiante quanto à medalha. Do resto só deu para ouvir a resposta do pessoal, o Nenê falou que o Brasil vai brigar muito mas não quer fazer nenhuma previsão. Kobe elogiou Leandrinho e falou que o Brasil é perigoso. Carmelo falou que eles estão se entrosando e vão melhorar com o decorrer dos jogos.

O que eu achei bem interessante foi que, depois das perguntas dos repórteres, vários atletas ainda ficaram por ali, de bobeira, antes de ir para o ônibus. O Marquinhos é quase do tamanho do Caio Torres, impressionante. Durant também é uma girafa. Lebron é um touro. Leandrinho é quase a mesma altura do Kobe, eu pensava que era bem mais baixo. Chris Paul, Deron William, Marcelinho Huertas, Larry Taylor, Raulzinho são todos baixinhos, da minha altura ou mais baixos. Não me sinto tão mal agora!

O cara que eu queria entrevistar mesmo e não consegui era o Magnano, uma pena! Fica para a próxima.

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