Brasil 93 x 83 Cuba – Jogo para ser esquecido

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Publicado em: 4/09/2011

O Brasil consegiu ontem em Mar del Plata, sua terceira vitória no Pré-Olímpico das Américas, ao vencer Cuba por 93 x 83. Apesar de vencermos, nossa atuação foi ridícula. Tão ruim que aos escrever este texto e recordar dos principais fatos do jogo, salta aos olhos de qualquer um a falta de fundamentos básicos para grande parte dos atletas presentes no selecionado.Cuba que sofreu trinta pontos de diferença da República Dominicana, quase quarenta da Venezuela e vinte do Canadá, além de não passar dos 69 pontos convertidos, se achou neste jogo contra nossa defesa pífia e nosso ataque inoperante.

Brasil começou melhor e abriu onze pontos, para logo depois se perder em quadra com uma base de reservas que mostrou que não estão preparados para um torneio deste porte e que preocupa para a próxima fase. A vantagem se desfez com velocidade, e o primeiro período terminou em 26 x 20 para o Brasil.

Talvez o melhor momento do Brasil na partida, tenha sido entre o segundo e terceiro período. Melhoramos um pouco na defesa, embora o ataque não tenha melhorado, mas como conseguimos produzir algumas cestas mais simples, nove pontos de vantagem no período foram criados e o Brasil terminou o primeiro tempo jogando abaixo do esperado, porém com 52 x 37 no placar. Vantagem que não era dos sonhos, mas parecia que estávamos mais concentrados.

No terceiro quarto, limitamos Cuba para apenas 14 pontos, com isso, a vantagem de quinze pontos subiu para vinte e dois pontos, ainda que jogando mal, tínhamos neste momento 73 x 51 ao final e a esperança de tranquilidade para o final do jogo.

Mas tudo virou na entrada do quarto período. Cuba marcou uma pressão quadra que deixou claro que não podemos contar com nossos reservas para momentos complicados. Perdidos em quadra e vendo a torcida argentina cooperar com Cuba, os atletas cubanos se animarem e a diferença diminuindo drasticamente, o quarto período foi um verdadeiro show de horrores da nossa parte. Conseguimos nos superar tomando 32 pontos em um período, algo estarrecedor e na dúvida, mais chutes de três para tentar o milagre da bola salvadora, porém na inexistência de um arremesso de dez pontos, nos perdemos completamente e até falta técnica conseguimos levar para Cuba diminuir ainda mais a vantagem. Os vinte e dois pontos de vantagem caíram rapidamente para casa dos dez, chegando à oito, quando Marcelinho Huertas foi requisitado faltando três minutos para o final, como na demonstração que ele é o único ser que consegue ler uma ação ofensiva dentro dos que estavam em quadra e reter a bola, já que vencíamos e não era necessário o desespero dos chutes de três. Faltando um minuto e quarenta, com a diferença na casa dos oito pontos, Cuba ainda tentou de tudo, porém tropeçava na própria falta de qualidade técnica, embora em momemto algum da partida, tivessémos defendido de forma ao menos mediana. Final da partida, Brasil vence por dez pontos, menor diferença para Cuba no torneio, sofrendo 83 pontos no total e 32 no último período, que sinceramente, foi para esquercer.

Pouca movimentação ofensiva fora da bola, dessa forma facilitando o trabalho defensivo de qualquer defesa, nenhuma leitura de jogo por parte dos laterais. Se excluirmos Huertas, o segundo em assistências na seleção é Tiago Splitter, com 10 em 4 jogos. Marcelinho e Marquinhos, por exemplo, somados, tem as mesmas dez assistências que o pivô e mais importante do que qualquer número, não vemos a postura dos laterais em passar as bolas para um companheiro melhor posicionado, apenas temos o velho chute de três sem rebote como recurso, nada além do que assistimos em qualquer jogo do nacional, onde temos 50, 60, 65 arremessos de três pontos.

A defesa foi tão mal, que não impressiona o fato de Cuba ter 42 lances livres à disposição (coverteu 36). Com falhas gritantes e sem nenhuma cobertura que se antecipe à qualquer ação dos cubanos, os lances livres foram sendo criados em uma velocidade espantosa.

Por fim, o que falar da falta de concentração em um jogo de um torneio tão importante. Que o adversário não é forte, todos nós sabemos, mas até por isso temos que nos impor e dar o recado que estamos vivos no torneio, o que claro, ontem não foi passado recado algum. Quem esteve no ginásio ou viu pela televisão, parecia não acreditar em um jogo tão ruim da nossa parte.

Se este basquetebol que foi apresentado ontem vai ser o basquetebol da próxima fase, que todos se preparem para uma longa semana. Que o dia de descanso sirva de muita reflexão para todos, pois com um basquetebol tão medíocre quanto o apresentado ontem, as chances de vitórias caem drasticamente.

O próximo jogo do Brasil é segunda-feira, às 20:30 contra o Uruguai (terceiro colocado do grupo B).
Na terça-feira, enfrentamos o Panamá (quarto colocado do grupo B) também as 20:30. Na quarta-feira, no feriado de Independência, temos a Argentina (primeiro colocado do grupo B), às 18:00 horas e na quinta-feira, temos Porto Rico (segundo coocado do grupo B) às 20:30.

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