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Jack e Luizinho são parceiros e seguranças de Adriano. Mas estão emprestados a Diego Tardelli. Desde que soube que o colega trocaria o São Paulo pelo Flamengo, o Imperador, carioca e rubro-negro, resolveu ajudá-lo. Ligou para os amigos e fez um pedido:
- Ele falou para a gente tomar conta do Tardelli porque o moleque não conhece nada daqui - diz Jack, de fala mansa e porte físico intimidador.
Os dois jogadores conversam freqüentemente via radiotransmissor. Depois do gol que Tardelli fez contra o Botafogo não foi diferente. Torcedor fanático do Fla, Adriano parabenizou o amigo.
- Nos falamos e o Adriano comentou: "Viu a torcida? Aquilo lá é brincadeira!" - diz o atacante do Flamengo.
Luizinho, o outro amigo-segurança, apressa-se a mudar a fama de boêmio de Tardelli. Garante que o atacante é sossegado e passa a maior parte do tempo em casa, na Barra da Tijuca, ao lado da esposa e da filha pequena.
- O moleque é tranqüilão. Falaram muito dele, de noitada, mas não tem nada disso.
Os dois estão sempre ao lado do herói do título do Flamengo na Taça Guanabara. Ensinam os caminhos da cidade, atendem às ligações por ele, orientam e, claro, o protegem. Mas o início positivo, com gol em final, facilitou o trabalho.
- Ah, depois de domingo ficou fácil. Pior seria se ele tivesse perdido um pênalti - brinca Jack, que vive na ponte-aérea entre Rio e São Paulo para ajudar Adriano na capital paulista.
Há cerca de 40 dias no Rio, Diego Tardelli tem certeza que fez a escolha certa ao trocar de ares. O próximo passo é conseguir uma vaga na seleção olímpica que vai a Pequim.
- Em um mês de Flamengo fui mais reconhecido do que em sete anos de São Paulo. Não vou esquecer nunca o que passei no Maracanã no domingo - diz.